
Aqueles que têm cerca de 40 anos, certamente iniciaram sua sexualidade por intermédio de um tipo muito especial de literatura erótica: os chamados "catecismos". Pequeninos livros - para caber no bolso das calças - simplesmente desenhados à bico de pena.As histórias eram até bobas, mas retratavam os sonhos - para a maioria só isso - eróticos da molecada. O livrinho era comprado às escondidas - vendido pelos jornaleiros " transgressores" dentro de singelas revistas - velhas - de foto-novelas - , levado para dentro do banheiro e devorado, melecado, emprestado.. e rasgado pelos pais mais zelosos. Os " zéfiros" eram disputados a tapa, falsificados. Durante muitos anos, quando passaram a se preocupar com isso, aquela molecada que cresceu, tentou descobrir quem era seu autor. Mas ele, com medo, vergonha ou sei lá o que, se escondia. Somente na segunda metade dos anos oitenta é que descobriu que seu autor, que assinava com o codinome Carlos Zéfiro, era um pacato funcionário público de nome Alcides Caminha, um senhor idoso.Mas a verdade é que os " zéfiros" foram o responsáveis pela iniciação sexual de mais de uma geração, que se acabava na punheta, imaginando aquelas mulheres gostosas, que transavam como loucas, dentro daqueles " catecismos" . Muito antes das empregadas domésticas, para a classe média, as primas na classe mais pobre, e posteriormente as putas da zona. "Iris" , "Vanessa" e tantas outras foram meladas pela nossa porra ainda incolor.
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