Saturday, November 25, 2006
Tuesday, November 21, 2006
Biografia e conflitos na Costa do Marfim
Blondy tem em seu repertório diversas canções contra as guerras tribais, o racismo, a injustiça e a desigualdade. Ele se tornou conhecido por canções pacifistas como "Jerusalem" e por falar em árabe quando está em Israel e em hebraico quando se apresenta no mundo árabe. Blondy viaja sempre com uma cópia da Bíblia e outra do Alcorão. Entre suas músicas consta o reggae "Civil War", cuja letra parece hoje uma previsão precisa sobre a atual crise na sua terra natal, Costa do Marfim, pequeno país no oeste da África, conhecido pelo bom futebol e, até pouco tempo atrás, pela sua calma situação política, em comparação com seus turbulentos vizinhos, como Nigéria, Libéria e Serra Leoa.
Ele está bastante preocupado com o conflito armado naquele país. Segundo a CNN, o cantor e compositor declarou que: "se não acharmos uma solução rápida agora, será tarde demais. Amanhã não estaremos falando mais de um levante de alguns poucos rebeldes, mas de uma guerra que poderá durar talvez vinte anos ou mais". O país foi palco do que foi chamado de "Revolução do Reggae" em 1999, quando o exército derrubou, com o apoio popular, o governo do partido que dominava a cena política local há 40 anos ao som das músicas de Alpha Blondy e Tiken Jah Fakoly, que eram tocadas a todo volume pelos veículos militares. Mas o golpe que tinha como objetivo acabar com um governo corrupto degenerou em confusão, fazendo com que os conflitos entre as diversas etnias que compõem o país se tornassem explícitos. Assim a panela de pressão acabou estourando em setembro de 2002, causando derramamento de sangue e caos.
Blondy quer ajudar na negociação da paz entre os grupos étnicos, embora ache que "as metralhadoras falam mais alto do que eu neste momento". Ele clamou contra a xenofobia dos habitantes do país, que discriminam os milhares de imigrantes de outras nações africanas que chegaram na Costa do Marfim, atraídos pela estabilidade gozada pelo seu povo até o início da guerra. Para Blondy este foi um dos estopins do conflito e constitui o que ele chama de "nazismo negro", pois impede que muitas vozes sejam ouvidas, mesmo de grupos que residem há décadas no país. "Isto é tribalismo e não democracia", ele afirma. Ele sugere que forças de paz da Nações Unidas se juntem aos soldados franceses que já se encontram lá, para que haja tempo de negociar o fim das hostilidades e possibilitar a realização de eleições livres.
Sunday, November 05, 2006
Fuga espirutual
Há alturas
Há alturas em que nos dizem que não vale a pena
Que o esforço que fazemos é inútil
Que continuar é fútil
Que, por mais que nos esforcemos, tudo é impossível
Há alturas na vida em que recusamos as evidências
Quando deixamos o sentimento ditar o que fazemos
Quando saltamos por cima da lógica
Quando a nós nos convencemos
Que tudo é possível e que o que queremos vale a pena
Mas no mundo em que estamos
Em que o extraordinário é normal
E onde os impossíveis de ontem
São a realidade actual
Que posso fazer além de avançar
De avançar contra o bom senso
De arriscar correr e cair
De amar, sofrer e pensar
Há alturas na vida
Em que não podemos olhar para trás
Que não vale a pena sofrer
Com o leite derramado
Tal é preciso para viver
Há alturas na vida
Em que é preciso arriscar
Pôr tudo, ou quase, em risco
Sonho em realidade tornar
Amar até depois d amanha...
About Me
- Ras anti-babylon
- ...a cada dia transformo-me num ser diferente...plantador de sonhos.